quinta-feira, 3 de julho de 2008

Fomos proibidos de dirigir



Como todos sabem, está em vigor a nova lei seca. Ela pune o cidadão que estiver ao volante com qualquer volume de álcool em seu sangue, ou se recusar em fazer o exame do bafômetro em no mínimo 955 reais, e no máximo, se for constatado que ele está embreagado, pena de 3 a 5 anos de prisão e em ambos os casos apreensão da CNH.
Fato é que, nas primeiras semanas, o número de acidentes causados por bebida e direção diminuíram muito, seja por haver mais fiscalização, seja por simples medo dos motoristas, de serem apanhado numa blitz.
Não podemos negar que olhando deste ângulo, a lei trouxe sim mais paz ao trânsito, que bom, mas esta atitude do governo veio carregada de questões. Por exemplo, será que a fiscalização cerrada que temos hoje nas ruas vai durar muito tempo, ou a lei será esquecida em alguns meses e os motoristas continuarão a beber exacerbadamente? Se a fiscalização continuar, ótimo, mas não seria esta a solução necessária para o cumprimento da lei que existia antes? Fazer mais batidas (sem trocadilhos hein?!) e em todas utilizar o recurso do bafômetro? Talvez.
A indústria do álcool movimenta bastante a economia brasileira faz tempo, com a lei, o consumo de bebidas alcoólcias em bares, restaurantes, boates e até churrascos de domingo diminuirá drasticamente. Será que isto não pode causar problemas a todos estes comerciantes e então a economia da população em geral? É muito provável, pois o brasileiro é um povo que gosta de beber, vide o presidente Lula. Não o recrimino por apreciar a manguaça, afinal não sejamos hipócritas, somos todos seus compatriotas e além da nacionalidade, compartilhamos do seu gosto por bebida.
Então presidente, se o senhor que é um de nós e sabe o que é bom, por que simplesmente não aumenta a fiscalização da lei anterior e deixa o pessoal curtir uma ceva gelada pra refrescar, um martelinho de pinga pra relaxar após um dia estressante de trabalho, um vinhozinho pra esquentar o vivente aqui do sul? Afinal, todos estes, se consumidos com moderação, não matam ninguém.
Senão vamos fazer que nem o pessoal de São Paulo, pedalar peladões, mas não por protesto e sim por excesso de álcool no sangue.

Um comentário:

Duda Rocha disse...

E a lei e sua devida fiscalização foi esquecida.